Colheita do Investimento

Uma das principais regras ou princípios fundamentais que qualquer investidor deve prezar é o da diversificação de portfólio. Como a gíria popular bem nos ensina “Não colocar os ovos todos no mesmo cesto.”
Quando a palavra investimento surge, somos imediatamente remetidos para investimento imobiliário ou investimento em ações. Existe, contudo, um bem que remonta a 8000 a.c., que se tem afigurado cada vez mais como uma excelente opção para os investidores diversificarem a sua carteira de investimentos.
De acordo com um estudo realizado pela corporate analyst and market researcher Fortune Business Insights estima-se que o mercado dos vinhos tenha atingido, em 2020, um valor de 339.53 mil milhões de dólares e que até 2028 atinja os 456.76 mil milhões de dólares, com uma taxa composta anual de crescimento (CAGR) de 4,30 %. Muito deste crescimento é resultante das grandes regiões europeias, consideradas zonas de excelência, como Bordéus, Borgonha, Champanhe e mais recentemente a Toscana.
O aumento da difusão de informação acerca do mundo do vinho, da oferta formativa e da introdução do vinho em diversas atividades e círculos sociais contribuem para que este se torne, cada vez mais, uma parte bem presente no quotidiano dos consumidores, aumentando assim a procura, não só por vinhos, mas especialmente por vinhos de qualidade.
Surgem, com bastante sucesso, novas plataformas de investimento “wine traders”, com serviços de gestão de portfólios, aconselhamento pessoal e até de armazenamento de vinhos, que têm convertido os mais relutantes e avessos ao risco a aventurarem-se neste mundo.
Segundo a OENO, uma empresa de investimentos em vinho fino, alguns vinhos apresentam uma rentabilidade que oscila entre os 10 e 12% ano, valores surpreendentes, especialmente se considerarmos que, sobre as condições de armazenamento corretas (um dos serviços oferecidos pelas diferentes plataformas de investimento), o risco é reduzido.
Embora nem todos os vinhos rentabilizem a uma taxa tão atrativa, o vinho é, sem sombra de dúvidas, um excelente investimento. Como já dizia Cláudio Martins, embaixador da OENO, em Portugal e no Brasil “O vinho é o melhor investimento, porque em último caso, bebe-se”.